sexta-feira, 26 de março de 2010

Porque a Primavera chegou!...

No âmbito da actividade de Agrupamento, "Semana da Primavera", realizaram-se diversas actividades na E.B. 2/3 da Terrugem. Propôs-se ao alunos que construissem chapéus alusivos a esta estação, Chapéus de Primavera, onde o objectivo seria um desfile por turma no campo de futebol... 
Toda a criatividade e originalidade, para além dos alunos, veio dos encarregados de educação que colaboraram activamente na realização destes chapéus. Aqui deixamos um agradecimento especial para eles. Na Ilha das Palavras, para além dos chapéus, os piratas dançaram e cantaram. A música "Primavera" do grande Gimba, ex Afonsinhos do Condado, serviu como hino e ilustrou bem o espírito vivido nas últimas semanas. Todos aprenderam a poesia da letra e todos a cantam como verdadeiros Piratas. Pena que na festa do Agrupamento este "pormenor" de ligação às escolas envolvidas, não tivesse a projecção esperada...

Os Chapéus de Alvarinhos...únicos!



sábado, 20 de março de 2010

Lenga-lenga

[Baseada no ritual diário de uma criança que frequenta a escola]


“Tic-tac”
Tic-tac, toca a acordar
Toca o relógio, toca a andar.
Sair da caminha
Lavar a carinha
Toca na água, que está bem fresquinha!

Tic-tac, toca a sair
Toca o relógio, é hora de ir.
Ir para a escola
Levar a sacola
Toca a aprender, puxar p’la carola!

Tic-tac, toc’almoçar
Toca o relógio e vai a saltar.
À espera na bicha
Do arroz de salcicha
Toca a comer, como a lagartixa!

Tic-tac, toca a saída
Toca o relógio, estamos de ida.
Vamos pra casa
Já estamos em brasa
Toca a buzina, a mãe não se atrasa!

Tic-tac, que fome que tenho
Toca o relógio prá hora do banho.
Beijinho ao papá
Beijinho à mamã
Toca a dormir e até amanhã!...

Rui Beato

Proposta de Escrita Criativa - poesia

“Animais e coisas… poéticas”
[Objectivo: lúdico. Desenvolver o texto poético]

Faixa etária : 9 ao 99
• Construir um poema com versos emparelhados (em pares)

• Mínimo 4 pares, independentemente se rimem ou não, mas cada frase deverá ter um sentido (causa-efeito)

• Escolher o nome de um ANIMAL, OBJECTO, …no plural, para iniciar o primeiro verso e atribuir-lhe um ADJECTIVO no plural, sempre o mesmo em cada verso e invertendo a ordem no segundo verso
Ex.:


Corvos na árvore, negros no ar
Negros no ar, corvos a voar

Corvos na gaiola, negros fechados
Negros fechados, corvos trancados
Corvos na rua, negros fugitivos
Negros fugitivos, corvos furtivos

Corvos na vida, negros a olhar
Negros a olhar, corvos a agoirar.

Agora experimentem vocês...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Poesia de Pai, pelos alunos de Alvarinhos

Dia do Pai, aquele dia tão especial. Aqui na Ilha das Palavras, os piratas desenterram tesouros poéticos e meteram mãos à obra. Aqui fica um exemplo de uma "poesia de homenagem ao pai" de uma aluna mas também, filha. Trabalhar poesia na sala de aula, deixa de ser difícil quando as palavras dançantes percorrem diariamente o imaginário dos alunos.

O Pai

O pai às vezes irrita
Outras, não

O pai às vezes dá-me prendas
Outras, dá-me o seu coração

Quando o pai "bate"
Eu choro

O pai é Amigo
O pai é o melhor
O pai é fixe
O pai é o maior

Um pai é como um flor
se eu me portar bem

Um pai é como um coração
se eu for também

Dizem que mãe há só uma, não há igual
Mas eu digo que PAI, é também muito especial.

Raquel Teles Martins, 4º ano

 Mimos para os pais:


terça-feira, 16 de março de 2010

SER "ESCRITOR"... (breves considerações pessoais)


Esta é uma homenagem a todos aqueles que, seja qual for a sua relação com a escrita, comunguem do mesmo ideal. A escrita é como um raio de Sol, pode ser ténue e morrer à nascença ou mesmo grandioso e aquecer uma multidão. O que importa é que a chama nunca se apague, mesmo que o calor fique guardado só no interior de cada um.
Um escritor é como um Deus criador, numa versão light, limitado ao seu mundo de imaginação.
Cria as personagens, inventa os sentimentos, as emoções, controla o tempo, o espaço, a forma, as causas e até as consequências.
Dir-se-á que, lança os mandamentos para colher as reacções. As reacções do leitor. Veste o fato de grande pequeno deus que, com o dom da sua palavra consegue perverter a possibilidade de escolha, de um pensamento comum.
O escritor agita, perturba, assusta ou entretém. O escritor provoca, elucida, informa ou influencia. O escritor esclarece mas também engana. Manipula.
Umas vezes valoriza, outras, marginaliza. Numas é imparcial e consciencioso, noutras pode ser um pouco tendencioso.
O escritor bebe do que o rodeia e dá a beber o que consumiu. O tamanho da sua fonte implica a qualidade da sua água. A água das palavras, que nunca é pura mas sempre adulterada. Ele coloca o açúcar ou o mel, o sal ou o fel. Torna as palavras doces, amargas, ácidas e por vezes insonsas.
O poder da escrita não passa apenas pelo estilo, pela estética ou pela métrica. O poder surge da alma, do espírito, da vontade ou do desassossego! Corrompe, revela, excita e faz ver quem é cego.
Se a uns diverte, a outros vicia. Se a uns traz sobriedade, a outros inebria. Desde a perfeita exactidão até à mais suspeita utopia.
As palavras do escritor são o código daquilo que conhecemos mas também do que não conhecemos. Do conhecimento da pluralidade ao desconhecimento da individualidade.
Ser escritor é querer deixar uma marca na existência. É descontrolar a necessidade da procura da verdade ou por outro lado, saber controlar uma imaginação desenfreada pela procura do fantasioso, do irreal e do transcendente.
Quando o escritor escreve, algo nasce. Perfeito ou imperfeito é sempre um filho e tal como um pai não o deve rejeitar. Aceita-o, educa-o, escreve-o ou reescreve-o. Também o protege e alimenta com o melhor possível da sua escrita.
Pois seja construtiva ou destrutiva, o que importa é ser criativa!

Aos meus alunos:
Queridos alunos, saber escrever não é uma virtude inalcançável. Está dentro de cada um de vós uma semente escondida. Apenas tereis que saber despertar esse interesse, com umas doses de leitura, uma pitada de escrita, criatividade q.b. e carregar no ingrediente da imaginação. Assim os vossos textos serão “cozinhados deliciosos” aos olhos de quem se delicia com as vossas palavras.
Por tudo e por nada…escrevam. Pensaram em algo? … Escrevam. Sonharam com algo? … Escrevam. Tiveram uma ideia? … Escrevam. Ouviram uma canção?... Escrevam! Querem descrever alguma coisa? … Escrevam! Estão apaixonados? … Escrevam!
Façam uma história, façam um livro, escrevam para um jornal, criem um Blog ou uma página na net, construam um diário, etc.
E mais! Leiam muito e arrisquem mergulhar no papel com um texto bem engraçado. Não custa nada!

Só não esqueçam do lema “ Ler e escrever é fixe a valer!”
Ass. Um não-escritor (prof. Rui Beato)

terça-feira, 2 de março de 2010

Dia de ouvir histórias - de Álvaro Magalhães

Hoje começamos o dia a ouvir pequenas histórias de Álvaro Magalhães e ilustração de António Modesto compiladas no livro "O homem que não queria sonhar e outras histórias". Ouvimos histórias de pessoas para pessoas e reflectimos coisas bonitas sobre a vida que muitas vezes nos passam ao lado. Com uma linguagem bastante acessível ao miúdos e deliciosa aos graúdos, são pequenas histórias de fácil digestão, para serem contadas pela manhã ou mesmo ao serão.

-Um segredo mal guardado
-O espelho
-História de uma dor de cabeça
-9 horas? Nunca mais!
-O homem que não queria sonhar
-O cantor e a rosa
-O livro que nunca acaba

Aqui fica uma sugestão de leitura com belas histórias da literatura portuguesa numa biblioteca perto de si.

Professor Lobo e os 13 cabritinhos - versão EB1 Alvarinhos

Numa bela segunda-feira do mês de Fevereiro, os 13 cabritinhos da Escola E.B. 1 de Alvarinhos estavam a fazer um teste de Matemática. Como não tinham estudado, nem lhes apetecia pensar, começaram no “copianço” a deitar o olho para o teste uns dos outros. Mas como nenhum se tinha preparado, estavam todos no mesmo comboio… Conclusão: uma trapalhada geral.
O professor Lobo, já tinha topado aquela cena e esperou que acabassem o teste. Então, no final, recebeu os testes de cada um e levou-os para casa. Quando chegou o dia de entregá-los, os cabritinhos ficaram boquiabertos com os resultados. Todos, “Não Satisfaz”!
O professor Lobo ficou muito desapontado. Tão desapontado que olhou para eles com ar furioso e quase os comeu com o olhar. Os cabritinhos, assustados, fugiram e esconderam-se debaixo das mesas, nos armários, atrás da porta, atrás das árvores do pátio, atrás dos computadores, debaixo da secretária do professor Lobo, na casa de banho e até dentro do caixote do lixo. Então a sua assistente Cabra Branca, que já conhecia as manhas dos cabritos foi procurá-los. Encontrou-os todos e levou-os pela a orelha de volta às suas mesas. Mas, reparou que faltavam dois. Eram as cabritinhas do 1º ano. Como eram as mais pequenas ninguém as encontrava, até que um cabritinho bufo, do 2º ano as denunciou. Estavam enfiadas atrás do relógio de parede da sala. A sua fuga tinha acabado ali.
Depois de estarem todos apanhados e sentados no lugar, o professor Lobo deu-lhes um castigo: 1 semana sem intervalo, sem computador, sem jogos, sem filmes, sem contos, sem desenhos, sem pinturas em fotocópias, sem brinquedos e sem… e sem… e sem…
Os cabritinhos aprenderam uma grande lição. A lição...qual lição?! Mas todos sabem que devem  estudar antes dos testes, isso eles fazem todos dias durante as aulas! Bem, afinal não vale mesmo a pena brincar às escondidas e camuflar-se em qualquer sítio, pois o professor Lobo e a sua assistente, a Cabra Branca já os conhecem de ginja e nada nem ninguém os engana naquela escola. E há sempre um "bufo" que dá uma ajudinha...




Texto colectivo realizado pelos 13 piratas da Ilha das Palavras