terça-feira, 28 de setembro de 2010

O dia em que mataram o rei... (100 anos da República)

O Dia em Que Mataram o Rei
José Jorge Letria escreveu
Afonso Cruz ilustrou

Edição/reimpressão: 2007
Editor: Texto Editores
ISBN: 9789724734057
Idioma: Português
Dimensões: 244 x 200 x 18 mm


De José Jorge Letria, o homem que quase escreve um livro por dia, nasceu mais um livro da sua autoria.

Trata-se de uma proposta bastante interessante para quem quer passar uma cena, brilhantemente descrita sobre o regicídio de D. Carlos a 1 de Fevereiro de 1908 aos seus alunos. É uma obra da literatura infantil que tem toda a legitimidade em fazer parte do PNL e utilização “obrigatória” na abordagem ao tema da Implantação da República, no 1º ciclo. Mais uma vez, o “livro infantil” se apresenta como um recurso por excelência na abordagem de temas curriculares.

Informação retirada da página da TEXTO EDITORES:

--» Através das palavras e reflexões de um menino de dez anos, José Jorge Letria faz uma síntese do panorama político e social que viria a culminar na Implantação da República.

Num estilo lúcido e vivaz, esta obra de grande pendor didáctico permite captar o ambiente social que antecedeu o fim da monarquia. Uma reflexão sobre política e história, sem deixar de abordar temas tão universais e intemporais como a liberdade e a felicidade.

“Há precisamente cem anos, a 1 de Fevereiro de 1908, desembarcavam em Lisboa o rei D. Carlos, a rainha D. Amélia e o príncipe D. Luis Filipe, de regresso de umas férias em Vila Viçosa. Sem o saber, a multidão que se juntara no Terreiro do Paço, para assistir ao cortejo real, estava prestes a presenciar um momento dramático. De joelhos, munido de carabina, um homem disparou contra a carruagem real. Vindo não se sabe de onde, um outro conspirador aproximou-se da carruagem e desferiu vários tiros de pistola contra o rei, a rainha e os príncipes.

Começava assim um dos mais determinantes períodos da história de Portugal. O virar de uma página, que representou o início do fim de quase de setecentos e setenta anos de monarquia e que, pouco mais de dois anos depois, culminaria na Implantação da República, a 5 de Outubro de 1910.

Em O Dia em que Mataram o Rei, da colecção Álbuns Infantis, através das palavras e reflexões de um menino de dez anos, José Jorge Letria faz uma síntese do panorama político e social que levaria a este tão dramático epílogo. Falando-nos da pobreza generalizada e da opressão policial, não deixa de nos confrontar com a outra face da moeda: apresenta-nos o retrato de um rei de tendência humanista e que, porventura nem sempre da melhor forma, tentou engrandecer a imagem de Portugal no mundo.

José Jorge Letria, nascido em Cascais, em 1951, é hoje um dos maiores nomes da nossa literatura. Com quase duzentas obras publicadas, é um dos autores portugueses mais traduzidos de sempre, com escritos seus publicados da Espanha ao Japão. Como poeta ou ensaísta, romancista ou compositor musical, em todas estas facetas revela o seu apurado sentido estético e singular estilo narrativo. Este homem dos sete ofícios destaca-se também como autor de obras infantis, que constituem uma grande parte da sua obra literária.”

Veja a seguir os vídeos com entrevistas e as explicações do autor:






quinta-feira, 22 de julho de 2010

"A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça"

Olá malta fixe! Aqui vai mais uma história animada. Desta vez é uma versão em (espanhol) realizada por  Jorge  Rojas,  de um livro de Wolf Erlbruch, um conhecido  ilustrador alemão, que tem ganho muitos prémios com os seus trabalhos. A história é a de uma toupeira que vai querer saber quem lhe fizera "aquilo" na cabeça. Não é fundamental perceber o castellano (espanhol), até porque as cenas falam por si, basta estar atento. Talvez um dia destes vos faça uma surpresa...com o livro em pessoa :)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Pequenas histórias animadas...muito boas!

Olá amigos! Espero que os livros vos tenham feito boa companhia e que as histórias que por aí têm caçado sejam muito interessante, pelo menos para vocês. Não se esqueçam de sonhar um bocadinho todos os dias, pois alguém já disse e muito bem "o sonho comanda a vida". E lembrem-se: quando não conseguirem ir pela direita, experimentem pela esquerda. Se também não forem capazes, vão por cima, por baixo, como quiserem, mas nunca deixem de tentar. Para a melhor turma de Piratas que já comandei aqui vos deixo um pequeno filme para se divertirem, se não tiverem mesmo nada que fazer. As asas, somos nós que as fazemos para voar quando quisermos, nem que seja em cima de um livro, em cima de um sonho ou de um pensamento. Kiwi é um pequeno exemplo de determinação e sobretudo...vontade. (Este é para reflectir)




A história que se segue nasce de uma garrafa. Uma garrafa cheia de pózinhos coloridos mas mágicos e que nos conduzem a uma paisagem muito familiar. Não é piratas?! Mas nesta ilha o papel principal é de uma bela lagartixa verde que vive uma graaaande aventura!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Férias leitoras...com convocatória de urgência

Na Ilha das palavras os piratas foram todos convocados. Apesar de já se encontrarem em "águas de bacalhau", ou seja de férias, logo que souberam que novos títulos tinham chegado à ilha que é a nossa escola, remaram a 100 léguas à hora e acolheram os  livros com muito prazer. Novas histórias e novas abordagens da Literatura Infantil, desde os menos aos mais recentes e dos menos aos mais conhecidos, fizeram as delícias dos piratas durante a sessão de hora e meia extraordinária. O "capitão" contou e com os livros encantou e acabadas de sair do forno saíram estas etiquetas quentinhas: 

«histórias de vida parelelas»
«um livro para cantar»
«a conquista de um desejo»
«andar aflito não é nada bonito»
«contar a contar»
«um susto de livro»
«o que se faz cá na Ilha»
«o livro dos teimosos»
"eu espero que esta Ilha não se afunde..."
«feliz como uma ovelha»
«o livro mais picante do ano»

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O poder das palavras na poesia e na narrativa - pelos piratas escritores

Hoje, dia de festa na nossa escola, temos o prazer de publicar estes dois textos, made in Ilha das Palavras. O sentimento de nostalgia já anda pelo ar, mas o espírito e a mística irão sempre estar presentes.

História de um ano na ILHA DAS PALAVRAS
em poesia, realizada pelos alunos


Chegámos mais uma vez a um final de ano
E todos juntos conseguimos uma conquista
Num barco imaginário, cheio de palavras
Gritámos em coro, bem alto -Terra à vista!

Quando pisámos a ilha pela primeira vez
Decidimos fazer um pequeno intervalo
Estávamos tão, tão, tão esfomeados
Que até comíamos um cavalo.

Reparámos que na floresta da ilha
Havia um alimento mesmo saboroso.
Palavras deliciosas por todo o lado
Um verdadeiro manjar fabuloso.

Construímos ali o nosso quartel-general
Enfeitado com letras, números e sinais,
Com alguma habilidade e arte
Fizemos trabalhos muito especiais.

Mas a ilha era tão grande e densa,
Que demorámos tempo a explorá-la
Foi mais ou menos uns nove meses
Que passámos na mesma sala.

“Ilha” é do género feminino e singular,
Também descreve bem a nossa escola.
Tem muitas palavras da área vocabular
e nomes comuns como: livros, lápis e cola.

Qualquer pirata que se preze
Sabe cantar e tocar instrumentos
Mesmo que o piratão Miguel se esforce
Ninguém canta dentro dos tempos!

Esta ilha é virada para o futuro
Sabemos dizer: hello, friend e cool!
O professor Carlos só fala inglês
E às vezes diz que somos “fool”.

Um pirata sempre em forma
Com a pirata Cátia vai treinar.
Aprende a saltar, nadar e correr
A escavar, remar e saquear.

Se um dia ouvirem falar desta ilha
Por um bom motivo será
O perfume que anda pelo ar
Mesmo muita gente atrairá.

Nesta ilha os piratas lêem
Livros e histórias engraçadas
Da biblioteca e do professor
Saem coisas por nós estimadas.

As palavras são como flores
Perfumadas, bonitas e graciosas
Se não as cuidarmos bem
Ficam feias e horrorosas.

Existe um produto de limpeza
De primeiríssima qualidade
O seu nome é “Limpa-palavras”
Que as mantém na validade.

Nesta nossa Ilha das Palavras,
Os piratas viveram uma bela aventura
Até temos tema para um grande livro
Que vai ser ilustrado e ter capa dura.

Assalto à Ilha das Palavras ( texto realizado pelos alunos e corrigido pelo professor)
A melhor história de sempre alusiva à verdadeira Ilha das Palavras e que conta com uma encenação, brilhantemente representada pelos nossos alunos.

Algures no Oceano Palavrântico, ficava uma ilha desconhecida por muita gente. Uma ilha deserta de pessoas mas repleta de palavras. Palavras elegantes, bonitas, grandes, fortes, pequenas, perfumadas, encantadoras…
Essa ilha nunca tinha sido explorada, até que um dia…um barco cheio de piratas determinados se fez ao mar em busca do tesouro, de que tinham ouvido falar.
14 destemidos piratas navegaram durante 9 meses por mares agitados e revoltos em pensamentos imaginários, visões mágicas e deslumbrantes. Unidos pela mesma vontade, remaram em sintonia ao som de uma voz que os guiava. Uma voz de alegria e de união que caracterizava aquela quadrilha. A viagem foi longa mas o espírito era de festa. Cantaram e dançaram alegremente enquanto o barco, légua após légua se ia aproximando do porto que os iria acolher.
Cansados de tanto remar quase que desfaleciam, mas a vontade era tanta que nada os fez desistir, até ao dia em que ouviram do vigia “ Teeeeeerráviiiiiiiista”. Alguns pensaram que era uma brincadeira, outros de tão cansados que estavam nem deram grande importância. Mas à segunda voz de “Teeeeeerráviiiiiiiiiiiiiiista” ficaram simplesmente perplexos e uma súbita alegria fez-se ecoar por várias léguas. Lá estava o destino tão esperado. Existia mesmo e era realmente verdadeiro.
Apesar de extenuados, aquela visão fez com que fossem repescar as últimas forças de vontade, remando agora a uma velocidade maior do que a da restante viagem, até que... zzrrrrrrrrr, puum! Finalmente tinham atracado em terra firme.
Todos em fila, boquiabertos, saíram do barco e alguns até choraram de alegria. Começaram a admirar aquele universo de palavras que à primeira vista parecia uma sopa de letras sem fim. Os piratas, extasiados, começaram a saquear palavras voadoras que pairavam pelo ar, como fazem os caçadores de borboletas. A caça ao tesouro tinha começado.
Cada palavra era cuidadosamente apanhada, tratada e limpa, como faz um bom «Limpa-palavras». Afinal estes piratas tinham mesmo aprendido a importância das palavras. Uma palavra não é uma coisa qualquer, mas sim uma força, que se faz sentir quando é pronunciada ou escrita. Dita!
Após algum tempo de exploração da ilha, o grupo de “palavristas”: contadores, poetas, escritores, cantores e leitores, depositaram num baú todas as palavras recolhidas como se de um verdadeiro tesouro de jóias cintilantes se tratasse. Pegaram em pás e começaram a escavar um enorme buraco onde seria enterrado bem fundo, o baú contendo as palavras difíceis.
Nessa noite fizeram uma grande festa. Cantaram, dançaram, jogaram… enfim, divertiram-se à pirata naquela ilha a qual pensavam estar deserta de gente. Mas…de repente, uma sombra surgiu por entre as palmeiras e todos ficaram assustados. Naquela ilha vivia um casal estranho de velhos. Tinham ficado ali presos há muito tempo, vítimas de um naufrágio. Perderam tudo e começaram a construir as suas memórias de vida para que ninguém se esquecesse deles. Construíram muitos textos e muitos testemunhos. Soletraram, disseram, inventaram e semearam palavras por toda a ilha. No final de alguns anos, aquela plantação transformou-se numa floresta densa e misteriosa e as palavras floresciam por todo o lado, dando origem à Ilha das Palavras. O que nunca se soube, é como a sua existência chegou aos ouvidos da quadrilha de piratas letrados, mas isso deve ser um segredo de pirata.
Feliz por receberem novos habitantes, o casal de anciãos finalmente viu o seu sonho realizado e após trocarem algumas impressões tal foi a excitação, que todos se puseram a dançar num festejo sincero de amizade e cumplicidade. Os piratas depressa se converteram em discípulos e aquela ilha, única, nunca mais seria esquecida.
Hoje em dia, a ilha é um local de culto para os seus visitantes, principalmente os alumnus formandus alvarinus, a espécie de alunos da terra de Alvarinhos que fez desta ilha o seu habitat...

Os alunos (Leonor, Marina, Ângela, Mariana, Davide, Diogo, Tiago, Tomás, Daniela, David, Áurea, Natacha, Raquel e Dinis) - os melhores piratas de sempre na Ilha das Palavras.
Obrigado pelo vosso empenho e dedicação. (o prof.)

sábado, 5 de junho de 2010

«O Meu e o Teu» ... mas o quê?

O "Meu e o Teu" é um livro infantil que explora de uma forma inteligente e enigmática o imaginário dos pequenos leitores, visto que do princípio ao fim o problema que se coloca é descobrir quem é o Meu e quem é o Teu. Este album ilustrado por uma dupla alemã cujo autor do texto é Peter GeiBler e a ilustradora  Almud Kunert (na foto ao lado), apresenta-se como um verdadeiro desafio à capacidade de observação das imagens e consequente interpretação do texto, que neste caso se apresentam numa refinada sintonia . As ilustrações são magnificas e o  que salta imediatamente à vista é o espantoso virtuosismo gráfico de Kunert, quer pela forma como trabalha as cores quentes quer pela elegância do traço e pelo detalhe que coloca em cada prancha (que se espreguiçam por duas páginas, para felicidade dos nossos olhos).  O texto reproduz um ritmo e um encantamento contínuos à medida que cada página é virada. Este livro apresenta uma agradável leitura,  um pouco surreal   e pode ser o ponto de partida perfeito para diversas discussões sobre a capacidade imaginativa das crianças, desencadeando uma interessante comunicação entre educadores e  crianças. Aqui na Ilha das Palavras foi uma experiência muito positiva uma vez que os "piratas" embarcaram num frenezim de ideias e opiniões acerca do desfecho do livro, sugerindo soluções que foram do vulgar e do óbvio aparente, ao mais estapafúrdio. O objectivo foi conseguido!
Exemplo de ideias que foram surgindo na cabeça dos alunos à medida que ia sendo apresentada cada ilustração:
1- coisas verdes...bichos / 2-animal / 3-brinquedo, rato, cão / 4-gato, cão, mocho, coruja, cavalo de brincar / 5-lagarto, caracol, cão, pai / 6- sapo, rato, amigo, mocho, avô, ...sonho / 7-irmão, gato, namorado, pai, avô / 8-esquilo, javali, lobo, mocho / 9-irmão grande, irmão pequeno / 10- rato, animal / 11-pássaro, filho, avô, pai, irmão / 12-urso, cavalo, amigo, professor / 13-balão de nuvem, medos, ...sonhos. Um verdeiro Brainstorming!
É interessante observar a variedade de opiniões para cada imagem / frase de texto. No final pairou no ar alguma frustração, pois os piratas não alcaçaram nada de objectivo mas chegaram a um concenso : sonho, imaginação. Fez-se luz!
A sinopse na contra-capa do livro explica que  dois amigos embarcam num vôo fantástico de fantasia e num jogo de comparações e contrastes  vão descrevendo os seus amigos imaginários...  o que não é nada claro no texto. Os leitores que peguem num exemplar do livro abstraindo-se da capa ou que não leiam a explicação, é muito provável ficarem confundidos sobre o significado implícito, daí o valor desta obra.

Ficha técnica: O Meu e o Teu
Formato- quadrado, livro grande de capa dura, 40 paginas
Texto: Peter GeiBler
Ilustração: Almud Kunert
Edição: 2003 O Bichinho de Conto
1ª edição: 2000 (Munique, Alemanha)
Título Original: Meins und Deins

No seguimento deste "abraço" a mais um  livro amigo, foi proposto como TPC de fim-de-semana, um texto à imagem deste com exactamente a mesma estrutura e com o mesmo início em cada frase: O meu... O teu... sem que haja pistas óbvias em cada frase. O objectivo é avaliar a criatividade e a capacidade de criar suspense nas afirmações. O desafio foi lançado e com certeza os Piratas mais uma vez, irão superar as expectativas. Os resultados serão posteriormente publicados aqui na Ilha. Bom trabalho e bom fim-de-semana.
(...)_____________________________________________________
Ora cá está:

Leonor (1º)

O Meu vai passear à rua. O Teu anda mais depressa.
O Meu é o mais alto. O Teu tem uma cor bonita.
O Meu é muito brilhante. O Teu é mais escuro.
O Meu está salgado. O Teu é doce e saboroso...


Marina (1º)
O Meu é grande. O Teu é bom.
O Meu é giro. O Teu é engraçado.
O Meu é vegetariano. O Teu é bonito.
O Meu sobe as escadas todoas os dias. O Teu passa a vida a dormir...


Diogo (2º)
O Meu faz buracos nas nuvens. O teu voa baixo.
O Meu faz som. O Teu é azul.
O Meu é espectacular. O Teu é impressionante,
O Meu é bom. O Teu é bom para fazer quadros...


Mariana (2º)
O Meu tem muitas pintas. O Teu gosta de estar ao ar livre.
O Meu é vestido de vermelho. O Teu é engraçado.
O Meu flutua na água. O Teu está sempre a rodopiar.
O Meu não se consegue ver. O Teu à noite voa até ao céu...

Davide (2º)
O Meu é verde. O Teu é rectangular.
O Meu é grande. O Teu tem relva.
O Meu tem um espécie de telhado virado para baixo. O Teu não tem vida.
O Meu não tem tecto. O Teu têm os vencedores...


Ângela (2º)
O Meu é azul. O Teu é às pintas.
O Meu é como um botão. O Teu é como uma agulha.
O Meu é como um fio. O Teu é como uma carta.
O Meu é muito pequeno. O Teu é sem pés nem cabeça...


Tomás (2º)
O Meu tem quatro ou 5 patas. O Teu parece uma ave.
O Meu é veloz como o vento. O Teu pode voar.
O Meu é carnívoro. O Teu tem unhas douradas afiadas.
O Meu vê bem no escuro. O Teu é lento a ler...


Daniela (3º)
O Meu é castanho. O Teu é quadrado.
O Meu é duro. O Teu é grande.
O Meu tem letras. O teu mete medo.
O Meu é diferente de todos. O Teu é claro...


David (3º)
O Meu é muito rápido. O Teu é baixinho.
O Meu não pensa muito. O Teu gosta de rastejar.
O Meu é muito lento. O Teu é bastante alto.
O Meu é preto. O Teu trabalha muito...


Áurea (4º)
O Meu rasteja. O Teu rebola.
O Meu é perigoso. O Teu trepa às árvores quando quiser.
O Meu é maroto. O Teu apanha uma rã.
O Meu é engraçado. O Teu é relaxado...


Dinis (4º)
O Meu é divertido. O Teu não sabe esperar.
O Meu canta ópera. O teu emploreira-se.
O Meu é bonito. O Teu é cor-de-rosa.
O Meu é vaidoso. O Teu não sabe cantar...


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dia Mundial da Criança (01-06-2010) - EB1 de Alvarinhos

Na Ilha das Palavras, o Dia Mundial da Criança foi celebrado com diversas actividades: brincadeiras, canções, visionamento de filmes em projector, teatro e a pintura de um painel alusivo ao nosso "mundo educativo", nas costas da nossa escola. É o que se pode chamar de "grafitagem caseira"... onde a marca dos nossos alunos irá ficar gravada forever na melhor escola do mundo e arredores :). Mais uma obra de arte made in Ilha das Palavras.
Conclusão: foi um dia divertido, descontraido e sobretudo com muita cor.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

«Titiritesa»...mais um livro em cima da mesa

Este é um dos exemplos de que nunca se deve julgar um livro pela capa apesar de ser pela capa que começa a história…

Titiritesa vive no reino de Anteontem. A sua mãe, Mandolina, sonha em ver a sua filha casada e pretende dar.lhe uma educação refinada de princesa, no entanto a sua filha rejeita a vida convencional que lhe foi imposta, não partilhando dos ideais de sua mãe. Perante a eminente chegada de uma rígida instrutora encarregue da sua educação de princesa, Titiritesa decide fugir do palácio para viver fantásticas e divertidas aventuras num desafio à sua condição de nobreza. Pelo caminho conhece um burro, que será o companheiro de viagem, visita um inventor de palavras, enfrenta um terrível monstro e conhece outra princesa que cheira a colónia de açúcar…

Trata-se de um conto atrevido que aborda a homosexualidade feminina com humor, naturalidade e frescura. Celebra o amor sem julgamentos ou pré concepções, mas com a sensibilidade necessária à compreensão de um leitor infantil onde a educação para os afectos é a nota dominante.
Com um estilo muito próprio, a ilustração de Maurizio Quarello reflecte de forma hábil e sublime a personalidade das personagens num enlace perfeito com o texto do espanhol Xerado Quintiá. As imagens transmitem eficazmente a sensação de normalidade e aceitação, invocando com mestria os sentimentos que invadem uma jovem quando cresce e vive o seu primeiro amor.
Foi um livro bastante interessante que os  alunos da Ilha das Palavras muito apreciaram, sempre com o espírito de abertura que já é apanágio nesta escola. Na área da educação para os afectos temos vindo a contar com diversas obras da literatura infantil que vêm ilustrar de forma muito eficaz, aprendizagens e competências no domínio da sexualidade, reprodução...
O texto está deliciosamente bem escrito e com uma tradução sublime da Dora Batalim, uma referência de peso no mundo da literatura infantil que se vai fazendo, quer lá fora quer cá dentro.

No seguimento do texto, os piratas da Ilha das Palavras, baseando-se na personagem “inventor de palavras”, criaram as suas próprias palavras e atribuíram-lhes significados…estranhos mas originais. Já a seguir.
Até à próxima ou, até ao próximo livro.
Rui Beato

Davide
estrelpiteto – astronauta que arranja estrelas
dirim – tamborim chamado Dinis
deda – dedal bicudo
David
farrapim – faz com que os os alunos fiquem calados
trukutu – faz com que todos comecem a correr
trikuta – faz com que todos parem
Tomás
dragorb – bomba explosiva feita de notas-dinheiro
mard – objecto que se molda sozinho
narben – amizade entre um porco e um leão
Daniela
batatola – batata que é tola
floridade – flor com muita idade
Diotra – alusivo aos meninos chamados Diogos trapalhões
Tiago
ipliploto – pastilha gigante
esplitito – pedra que anda ou se desloca
escapeto – sonho com bois
ninipteti – sapo voador
Áurea
sarototó – palavra mágica que transforma os burros em inteligentes
galalá – palavra mágica que transforma pessoas em galos
gatulandia – país dos gatos
tabuco – porco que sabe as tabuadas
Mariana
ficármio - palavra mágica que faz os alunos trabalharem
lilazal – sítio onde tudo é da cor lilás
quarcol – caracol sem carapaça que vive num quarto
Leonor
tacaratica – palavra que os gatos gostam de ouvir
apacatarapido – palavra para atrair coelhos
lamazatapico – palavras para chamar zebras
Marina
floribeliar – cantar canções da Floribela
futebolar – jogar uma espécie de futebol
animaliar – gostar e tratar de animais
Ângela
boligo – pessoa que apanha bolas com o umbigo
danim – pessoa que fica danada como Trriiim das campainhas
canjim – canja com carne de pinguim
Diogo
caspital – casa que parece um hospital
leipial – texto com uma leitura especial
curtizar – ter uma amizade curtida
Dinis
Daviri – alusivo aos meninos chamados David que estão irritados
piaunau – palavra para chamar pássaros
vidanumfim – pessoa que é imortal
Raquel
benficantilogia – sensação de não gostar do Benfica
testeofobilógico – pessoa que tem medo de fazer teste
totomecali – totó que não gosta de falar

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Magalhães versus Pedralhães

Tanta tecnologia e os resultados nem sempre são os melhores em escolas onde esta maquinazinha azul de seu nome Magalhães, floresce como cogumelos. Utiliza-se para tudo menos para o que interessa: para fotografar meninas e meninos no intervalo; para mostrar imagens das "professoras de mirandela" à malta; para lançar o vício dos jogos ou mesmo para estimular o uso dos chats por vezes dentro da sala de aula à sucapa do professor. Eu sei o que digo porque já constatei tudo isto na 1º pessoa em escolas por onde passei...
Aqui na Ilha das Palavras não é uma ferramenta prioritária. Há outros recursos bem mais eficazes... Talvez possa ter a utilidade de um brinquedo pedagógico para brincar em casa como complemento ao trabalho da escola. Os nossos piratas utilizam diariamente os computadores "grandes", ligados à net e trabalham como gente grande. O que é certo é que quando crescerem, lembrar-se-ão que aprenderam com coisas sérias e não com estas "lancheiras informáticas", objecto de negociatas entre Governo e empresas "amigas". É uma opinião pessoal, desculpem-me a frontalidade.

Em miúdo eu tive uma PEDRALHÃES com monitor de 12 polegadas !...
E sei a tabuada, fazer contas de cabeça e escrevo sem erros!!!!!
...Grande máquina aquela !!...

Ass. O professor :)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Alguém disse ... (2)

"A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê".
Malba Tahan


Proposta de leitura:

Da autoria deste autor brasileiro, matemático de formação, Júlio César de Mello e Souza nascido a 6 de Maio de 1895 na cidade do Rio de Janeiro e usando o pseudónimo de Malba Tahan, surgiu o livro "O Homem que calculava". Trata-se de uma odisseia pelo mundo árabe onde a personagem central Beremiz Samir, um humilde pastor nómada, utiliza a Matemática como arma de charme ajudando a resolver mil e uma situações problemáticas por onde passa, através da sua refinada habilidade para os cálculos.
A paixão do autor pelo Oriente remete-nos para um mundo mágico bem ao estilo das "Mil e Uma Noites". Uma sugestão de leitura a não perder. Um livro que pode ser usado apenas pelo prazer de uma boa leitura ou como uma excelente ferramenta pedagógica a professores e alunos (de 4º ano em diante...), tornando determinados conceitos matemáticos, bastante faceis de compreender, uma vez que todos os conceitos são deliciosamente ilustrados através de casos práticos bastante elucidativos com elementos do mundo oriental: camelos, cântaros, moedas de ouro, terras, livros, jogos, etc.

terça-feira, 11 de maio de 2010

" A coisa que mais dói no mundo "

Na Ilha das Palavras, o primeiro raiar do Sol apontou para esta história fantástica, ilustrada pelo nosso ilustrador favorito Roger Olmos. Os piratas ficaram encantados com a mensagem, pois esta situação não deixa de ser comum aos miúdos desta faixa etária. Quando se pergunta quem foi o responsável por alguma travessura cá na ilha, simplesmente...ninguém foi! O texto é interessante e as imagens, sublimes como de costume. Depois de ouvirem a história os alunos foram convidados a "caçar umas palavras" que descrevessem a sua opinião sobre o que ouviram. Ver em baixo...

"Numa ida à pesca, a lebre e a hiena conversam: “A mentira é a coisa que mais dói no mundo”, disse a lebre; e a hiena desatou a rir. Para levar a cabo a difícil tarefa de comprová-lo, a lebre irá elaborar, à porta do palácio, um “bolo” muito especial que provocará a cólera do rei; depois vai contar com a cumplicidade das moscas, peritas em ca... calcular e perceber todo o tipo de cheiros, que irão procurar entre todos os animais, o culpado de semelhante obra.
A hipótese que a lebre formula, o que mais dói no mundo é a mentira, vai ser demonstrada através de um relato fantástico e divertido que provocará no leitor, para além de gargalhadas, reflexão e uma resposta emocional.

Durante séculos, os contos foram, em muitas povoações de África, a primeira escola. Ainda que cada lugar possua o seu estilo particular para abordar uma história, os contos tradicionais africanos para além de impregnados de conteúdo simbólico, encerram conhecimentos e sabedoria ancestral; é comum encontrar neles meditações cosmológicas e filosóficas sobre a vida, reviver valores esquecidos, tratar de educar e guiar os indivíduos e, como neste caso, transmitir ensinamentos. A hiena, que encarna neste conto o carácter hipócrita e ruim de alguns seres humanos, experimentará na sua pele o amargo sabor da mentira.
As ilustrações de Roger Olmos apresentam personagens expressivas, hiperbólicas, carregadas de humor. Com traço preciso e agudo, dá a sua visão pessoal de uma história que, através de um divertido exercício de escrita, nos aproxima da palavra, do pensamento e da herança cultural da Costa do Marfim."

Ficha Técnica:
Livro com 36 págs., capa dura, 25x23 cm

Outubro 2007
Texto de Paco Liván, a partir de um conto popular da Costa do Marfim
Ilustrações de Roger Olmos
Tradução Dora Batalim Sottomayor
Prémios: White Raven 2006 e Prémio Llibreter 2006 Melhor Álbum Ilustrado, Catalunha
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Comentários dos alunos:
O tema foi muito bem escolhido. Aprendemos que não é bonito mentir a outras pessoas. Às vezes o amor também provoca dor no coração das pessoas... As personagens são interessantes e a ilustração é fantástica.
Natacha Cipriano-4º

Era uma vez uma lebre que ensinou à hiena que a coisa que mais dói no mundo é a mentira. Esta não sabia...
Leonor Mouro-1º

O Livro está bem ilustrado. Acho engraçado a forma de ilustrar a hiena e como ela pensava que uma arranhadela na perna doía mais. Eu acho que mentir é muito feio. Mesmo assim acho que a lebre podia ser uma bocadinho mais cruél, mas mesmo assim fez bem para a hiena aprender.
Tiago Bonifácio-2º

Hoje de manhã ouvi " A coisa que mais dói no mundo". Aprendi muito com esta história e aprendi que a dor também é interior. Acho que as personagens também estavam muito engraçadas e giras.
Mariana Pimpão-2º

A mentira não só é muito má como também magoa muito as pessoas, mas não é só a mentira que é muito má... As ilustrações estão muito giras e com esta história pode-se aprender muitas coisas. Gostei muito do livro.
Daniela Silva-3º

Este livro fez-me aprender que a coisa que mais dói no mundo pode ser a mentira. Mas também acho que há outras coisas como o amor não correspondido, a perda de alguém que gostamos, etc. As personagens são muito engraçadas e a a que eu mais gostei foi da lebre. As ilustrações são super giras e já não é de admirar. O Roger Olmos é um dos melhores ilustradores do mundo. O livro está fantástico!
Raquel Martins-4º

Eu gostei muito da história e e também acho que o que dói mais no mundo é a mentira. A história é muito engraçada e as personagens foram  muito bem escolhidas e ilustradas.
Davide Silva-2º

Aprendi que não devemos gozar e magoar os outros. Sentimos essa dor no coração. Nem sempre nos devemos armar em sábios e fortes porque podemos não ter razão. A hiena e a lebre estiveram a discutir e depois a hiena levou uma lição.  A hiena fez uma ca... e gozou com ela. Gostei do Rei que era um rei bom. As moscas apareceram e ajudaram à lição da hiena porque eram amigas da lebre. A lebre fugiu para longe com o coração partido e as moscas comeram o bolo e viveram felizes para sempre.
Diogo Pimpão Silva-2º

Eu aprendi que não se deve mentir ...nesta história. Também acho que a inveja é má.
As peresonagens foram bem escolhidas e gosto imenso da ilustração. As ilustrações do Roger Olmos são sempre criativas e interessantes.
Dinis-4º

Por vezes pensamos que dói mais uma mordidela de algo do que uma mentira, mas isso nem sempre é verdade. Esta história mostra que às vezes a mentira dói mais do que a mordidela de uma hiena. Assim ficou a hiena com uma dor no peito quando foi acusada de algo que não cometeu.
Áurea-4º

Aprendi que a coisa que mais dói no mundo pode ser a mentira. As personagens estão muito bem feitas e bem giras. Dói menos um arranhão no pé do que a mentira...
Tomás-2º

Eu aprendi que a coisa que mais dói é a mentira mas também há outras coisas que doem muito.
David-3º

Era uma vez uma lebre que disse que a coisa que mais dói no mundo é a mentira e não uma mordidela, porque a hiena não sabia. Só pode ser a mentira! E vitória vitória acabou-se a história...
Marina-1º

«Obrigado amigo livro por entrares na nossa Ilha das Palavras!»

domingo, 2 de maio de 2010

Dia da Mãe - poesia colectiva dos piratas de Alvarinhos

"Mãe"
Mãe,

De ti sou sempre fã
Quer seja de noite ou de manhã.
Chamo-te mãe, mãezinha ou mamã
Ontem, hoje e amanhã.
Mãe,
És o melhor que a gente tem,
E do que a vida contém.
Igual a ti não há ninguém
E melhor amiga também.
Mãe,
O teu amor não tem fim.
És a melhor para mim.
Continua sempre assim
És a rosa do meu jardim.
Mãe,
Tudo o que fazes é bom
Isso é o teu grande dom.
A tua voz é o melhor som
Seja sempre em qualquer tom.
Mãe,
Como o teu beijo não há nenhum
Há sempre mais algum.
Não me contento só com um
Catrapam, catrapem, catrapim, catrapom, catrapum!



Feliz Dia da Mãe, sãos os votos do professor Rui e alunos da E.B. 1 de Alvarinhos

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Leituras em Cena

Esta semana os nossos piratas foram mais uma vez desafiados. Desta vez a missão na Ilha das Palavras foi entrar aqui no nosso Blog e efectuar uma pesquisa nos diferentes sítios de contos, histórias ou fábulas. Cada um escolheu um texto em casa e teve que fazer um trabalho de preparação: leitura, interpretação e encenação, utilizando apenas um fantoche à sua escolha que servisse de narrador. O trabalho de preparação durou 3 dias e todos, ou quase todos, sabiam muito bem os textos, dando-lhes a entoação necessária para que pudessem ser entendidos pelos colegas que assistiam aos espectáculos individuais. Um dos momentos altos destas Leituras em Cena foi a apresentação das nossas benjamins do 1º ano, que já conseguiram apresentar  textos com mais de 12 linhas com uma leitura fluente e perceptível e com grande à vontade nas suas estreias, numa performance de representação bastante interessante. Parabéns à Marina e Leonor por terem passado neste grande teste. Uma menção honrosa vai para o aluno Diogo Silva do 2º ano que deu um verdadeiro show de leitura encenada e surpreendeu toda a plateia que não estava à espera deste brilharete. Afinal há quem leve estes desafios mesmo a sério...
Também tivemos um excepção, que foi uma leitura encenada a 3 elementos. Desta vez a cena já não correu tão bem como individualmente já que os artistas prepararam a leitura em cima do joelho. Para a próxima há que trabalhar mais este aspecto.
Estão todos de parabéns mais uma vez! Viver na Ilha das Palavras tem destas coisa...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cultura de caracóis

A idade escolar é rica em representações e criações. É nesta altura que os alunos recriam experiências adultas mas adaptadas à sua idade. O coleccionismo de objectos, por mais insignificantes que sejam são tidos como riquezas valiosíssimas, pessoais e secretas. Depois vem a fase natural: a criação de bichos da seda, de bichos de conta, das agúdias (formigas com asas para atrair pássaros nas armadilhas) e por aí fora...
Nos meios urbanos as crianças "cinzentas", infelizmente, estão alheias a estes seres vivos, a esta diversidade de pequenos bichos, que fazem parte do quotidiano dos nossos alumnus formandus alvarinus"as crianças verdes e ecológicas". É com grande satisfação que tenho podido presenciar as suas actividades predilectas na hora do recreio. Esta semana fui surpreendido com uma singular colecção de caracóis. E que caracóis afortunados! Que até tinham direito a mansões de cantaria, forradas com as mais verdes e bonitas folhas de árvore. Um verdadeiro luxo! Já para não falar de casas equipadas com escorrega e sauna. Mas, para tristeza dos petizes, os rastejantes viscosos durante a noite davam à sola, ou como quem diz, deslizavam na baba e voltavam a onde tinham sido caçados. E todos as manhãs era uma correria à caça de novos exemplares para ver quem era o melhor HELICULTOR - criador de caracóis
Mas no final da semana, os piratas já estavam tão fartos de perseguir aqueles caracóis malandros que eram mesmo, muito endiabrados. Uns irrequietos! E em consenso geral, lá abandonaram as suas explorações. Agora, os "babosos" lá continuam as suas vidas calmas, espalhados pelo jardim da escola: à vara larga, como estavam habituados...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia da Terra - 22-04-2010

Os piratas da Ilha das Palavras homenagearam o nosso belo Planeta Terra com um poema colectivo em acróstico, realizado em alta velocidade (10 minutos). Depois de ficarem com a cabeça à roda de tantos movimentos de rotação e translação em redor das palavras flutuantes, aqui está o resultado:

Preciosa é a nossa  Terra,
Linda e bela esta morada
Algures na vasta escuridão
Num grande oceano de nada.
Esmeralda viva e azul-celeste.
Tens altos tesouros tão preciosos
Andes, Alpes, Estrela e Everest,
Tantos desertos espantosos.
E se nós, desumanos terráqueos
Regarmos este belo jardim
Recebemos fontes de vida
A Terra então, não terá fim.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Alguém disse... (1)

"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede."Carlos Drummond de Andrade

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"Alguém disse..." Esta é uma nova rubrica dedicada a frases, pensamentos e citações, célebres ou de ilustres desconhecidos, que incidam particularmante nos temas: literatura, contexto escolar, pedagogia, conhecimento e outros aspectos culturais.
Aqui fica a 1.

domingo, 18 de abril de 2010

O Céu e a Terra - concepções pequenas de pequenos artistas

Num destes dias, ao chegar à sala de aula deparei-me com uma discussão ideológica algo acesa. Os piratas defendiam as suas convicções, gesticulando com movimentos espavoridos, num tom de voz bastante elevado, com os típicos insultos à mistura. Naquele momento só me lembrei de um dia na Assembleia da República... Antes de intervir escutei um pouco o teor da conversa e logo percebi que era um assunto algo melindroso: religião versus ciência. Nestas ocasiões um professor deve ser imparcial. Estes temas não são fáceis de abordar mas de qualquer modo a opinião do "mestre" deve ser consiliadora a ambas as partes. De um lado defendia-se que Deus criou a Terra e tudo o que conhecemos, no outro pairava uma onda de cepticismo, inclusíve no Pai Natal (sem comentários). Nesta ala ideológica utilizava-se como argumento, o Power Point científico sobre a teoria do Bing Bang apresentada na aula, assim como a farça dos pais em fazerem-se passar pelo velho de barbas brancas que aparece de surpresa nas casas dos petizes de 24 para 25 de Dezembro. Um verdadeiro atentado à ideologia cristã.
Os ferverosos católicos, impulsionados por uma forte onda ideológica cristã nas sessões de catequese de fim de semana, defendiam piamente a força de Deus na génese do Mundo.
Confesso que a conversa ficou interessante e após uma hora de explicações à la carte, consoante as solicitações de parte a parte, procurei analisar a situação de forma a agradar "a gregos e troianos", fazendo incursões pela história da igreja até aos importantes avanços da ciência. No final, todos saíram a ganhar e houve um respeito mútuo entre ambas as partes de modo a que, numa fusão ideológica, se estabeleceu um consenso e a ciência...ficou a ganhar, não estivessemos numa escola democrática, pluralista e sobretudo onde os factos objectivos são a base de trabalho.
A sessão de trabalhos foi profícua e ambos os partidos resolveram "assinar" o Acordo de Alvarinhos de uma forma artística mas baseada na concepção alegórica da religião. Bem..." Oc opus labor est" :

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